Vida, uma palavra, e como toda palavra, não consegue conter
o real significado do que se menciona, o real sentimento. Vida, algo tão
frágil, tão passageiro, um segundo pode separar ela de estar acontecendo, e de
não estar mais.
Como os dominós que você monta, o momento que o coloca em
movimento, chega uma hora que chega ao fim, às vezes mais rápido do que se
espera.
Vai valorizar quando tiver morto suas esperanças? Suas
oportunidades? Suas relações com sua família? Seus amigos? Seu amor? Consigo
mesmo?
Momentos morrem a cada momento, um segundo passou, um
segundo já morreu.
A mão não atendida, o sorriso perdido, o abraço rejeitado, o
olhar ignorado, todos perdidos, todos no passado. A conversa muda, a música
surda, o toque insensível, a alegria cega, desperdícios cotidianos. Podemos as
vezes ouvir a música Epitáfio, sem nunca parar e refletir a mensagem que ela nos
revela, a mensagem que pede para que acordemos da somente existência, para a
vida.
Quantos segundos, minutos, horas, dias, meses, anos se
dissipam numa eternidade de vazio, por não deixarmos nos preencher pelo
presente, continuando a alimentar o vazio, ironia isso.
Algumas vezes precisamos ser sacudidos pelas situações da nossa
vida para que saiamos desse estado adormecido, mas não precisamos esperar essas
situações ocorrerem, seja uma doença séria, um acidente de alguém querido ou
seu próprio.
A escolha esta ai, na sua frente, o que você quer? O que
sente que precisa?
As pessoas dizem que falta amor, até perguntam onde que ele
foi, mas não falta amor, falta amar, amar a si, amar o outro. A resposta das
amarguras, de como se completar, de como se complementar está ai, dentro de
você, de mim.