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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Vida

Vida, uma palavra, e como toda palavra, não consegue conter o real significado do que se menciona, o real sentimento. Vida, algo tão frágil, tão passageiro, um segundo pode separar ela de estar acontecendo, e de não estar mais.

Como os dominós que você monta, o momento que o coloca em movimento, chega uma hora que chega ao fim, às vezes mais rápido do que se espera.

Vai valorizar quando tiver morto suas esperanças? Suas oportunidades? Suas relações com sua família? Seus amigos? Seu amor? Consigo mesmo?

Momentos morrem a cada momento, um segundo passou, um segundo já morreu.

A mão não atendida, o sorriso perdido, o abraço rejeitado, o olhar ignorado, todos perdidos, todos no passado. A conversa muda, a música surda, o toque insensível, a alegria cega, desperdícios cotidianos. Podemos as vezes ouvir a música Epitáfio, sem nunca parar e refletir a mensagem que ela nos revela, a mensagem que pede para que acordemos da somente existência, para a vida.

Quantos segundos, minutos, horas, dias, meses, anos se dissipam numa eternidade de vazio, por não deixarmos nos preencher pelo presente, continuando a alimentar o vazio, ironia isso.

Algumas vezes precisamos ser sacudidos pelas situações da nossa vida para que saiamos desse estado adormecido, mas não precisamos esperar essas situações ocorrerem, seja uma doença séria, um acidente de alguém querido ou seu próprio.

A escolha esta ai, na sua frente, o que você quer? O que sente que precisa?


As pessoas dizem que falta amor, até perguntam onde que ele foi, mas não falta amor, falta amar, amar a si, amar o outro. A resposta das amarguras, de como se completar, de como se complementar está ai, dentro de você, de mim.

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